Normas

Da Paraíba para o mundo, com amor:

Todo o material publicado nesta página representa o ponto de vista parcial e preconceituoso de um indivíduo do século passado. Se você achar aqui afirmativas que lhe pareçam sexistas, xenófobas, racistas ou, de qualquer outra maneira, ofensivas a seus pontos de vista, pare de ler imediatamente. Ou prossiga, a seu próprio risco. Ou não.

Use antes de agitar: leia as normas do blog e lembre-se: comentários são moderados. Anônimos não serão publicados.

E aproveite que eu sou professor: se você achar que eu posso ajudar, mande um e-mail para mrteeth@ghersel.com.br

sábado, 29 de novembro de 2008

O que está havendo com o mundo?

Forças do bem e da maldade
Vodoo, calamidade, juízo final
Então és tu?
Eduardo Dusek (Nostradamus)


Leio, bestificado, notícias sobre pais que abusam sexualmente da própria filha de 7 anos de idade e de um militar preso por pedofilia no Rio de Janeiro. Tudo isso embalado pela nova lei que pune com mais rigor o crime no Brasil.

Mas, que diabos está havendo com o mundo? Enlouqueceu?!? Será que as pessoas não têm um mínimo de decência e bom-senso; será que essas leis não são a prova de que a nossa sociedade chegou a um ponto insuportável de decadência ética, moral, física? Estou preocupado, muito preocupado com o mundo que vamos deixar para os nossos filhos. Um mundo em que aqueles que insistem em cumprir leis e regras são vistos como otários, idiotas que não sabem tirar proveito das situações. Em que os bandidos prosperam, em que os malandros são os bons, admirados e imitados. Um mundo em que a ética e a honestidade são vistas como fraquezas.

Eu não gosto de um mundo assim. Eu quero um mundo justo e tranquilo, um mundo em que as pessoas respeitem umas às outras, respeitem a terra em que vivem, a natureza e seus semelhantes. E eu trabalho para tornar isso realidade. Trabalho como professor. Eu sinto que tenho uma responsabilidade enorme com os meus alunos, eu tento incutir ética e responsabilidade naquelas cabecinhas enquanto posso. Aqui no nordeste as pessoas dizem: "você 'ensina' na universidade". Eu digo que eu não ensino nada, que eu apenas tento fazer com que os alunos pensem um pouco. Minha frase preferida: "Não acredite em mim. Vá ler, pesquisar, tirar suas próprias conclusões". Digo isso quase todo dia a alguém.

Espero que as conclusões que eles tirem sejam voltadas para o bem da humanidade e não só o deles.

Atualização:

Leio hoje, na Revista Isto É, comentário da Rainha Silvia, da Suécia, nascida no Brasil:

“Há 15 anos eu venho avisando sobre o perigo da internet, mas ninguém me ouve. É um instrumento fantástico, mas que infelizmente pode ser usado para a pedofilia, sobretudo agora que está em países de Terceiro Mundo”

Mr. Teeth diz: Nah, tia, né isso não! Pedofilia sempre existiu, tanto em países do primeiro como do terceiro, quarto, quinto e até do último mundo. Não é privilégio nosso, não. E também não é por causa da internet. Antes, as criancinhas eram molestadas e ninguém ficava sabendo. Hoje tem internet pros idiotas fazerem propaganda dos 'feitos', e assim a polícia pode prendê-los (se quiser). Vai estudar história, ética e pára de dizer que o terceiro mundo é lixo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Porque eu ajudo

Dinheiro não lhe emprestei, favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Chico (Injuriado)

Aqui no meu blog tem uma frase dizendo "aproveite que eu sou professor...". Eu escrevi isso para poder ajudar alguém que, eventualmente, precise de alguma informação no campo da Odontologia e, principalmente, da Ortodontia. Quando posso, eu respondo aos e-mails que as pessoas me mandam.

Originalmente eu achava que algum aluno de graduação ou especialização fosse mandar alguma pergunta técnica, mas o que eu recebo são consultas de leigos, querendo resolver algum problema. Nunca deixei de ajudar. Outro dia uma pessoa escreveu reclamando que fez implantes e não gostou do resultado. Eu respondi que, provavelmente, o problema não eram os implantes, mas sim as próteses sobre eles, entre outras informações que achei importantes. Vejam o que ela escreveu, depois disso:

Não sei como agradecer sua atenção para essa minha dúvida. As suas indicações foram perfeitas e precisas. Tirou todas minhas dúvidas. Procurei outro profissional, mas meu implantodontista se prontificou a refazer o trabalho. Sem suas informações o esforço teria sido dobrado e mais difícil. Quero agradecer a ajuda pela segunda vez e cumprimentá-lo pela sua larga experiência profissional.
Sempre visito seu site, adoro seu jeito brincalhão, bem humorado, tem dias que passou mais de hora lendo. Deve ser maravilhoso ser sua amiga.
Por isso eu nunca deixo de ajudar quem precisa e me procura. Nunca cobrei nada por isso também, até porque não teria como. Nem tenho interesse algum na coisa, eu escrevo aqui (e nas respostas que envio) através do meu 'alter ego', não coloco meu nome, nem qualquer dica de quem eu sou, então essas pessoas não podem se tornar eventuais pacientes da minha clínica particular. Eu nem tenho clínica particular.

Ajudo, sim, pelo prazer de receber mensagens assim. Eu acabo até pensando que sou mesmo uma pessoa legal, hehehehe. Mas tenho mesmo a certeza de que fiz algo por um semelhante, que a minha atitude ajudou alguém, que essa pessoa terá, no futuro, um juízo melhor do profissional da Odontologia.

E pela massagem no ego, é claro!

sábado, 1 de novembro de 2008

Preservado

Bico calado, muito cuidado
Que o homem vem aí
Chico Buarque (Passaredo)

Acabo de saber que foi vetado o plantio de cana no Pantanal. É uma vitória da preservação desse bioma tão frágil e já tão degradado. Uma pena que esteja assim, muitos de nós não terão a oportunidade de conhecer o Pantanal, daqui a pouco tempo ele será uma sombra do que foi. Eu, morando no nordeste, pude constatar que as pessoas mal sabem onde fica. Não sabem, por exemplo, que o Pantanal "do Mato Grosso" fica no Mato Grosso do Sul.

Então a notícia me alegra. Monoculturas são extremamente prejudiciais a ambientes frágeis, já temos vários exemplos de lavouras prejudicando rios em nosso estado, exemplo do Rio Taquari que, antes cheio de peixes e cachoeiras, virou quase um lago, tamanho o assoreamento causado pelas plantações de soja no seu entorno.