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terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Pra não dizer que não falei em flores

"Onde queres o lar, revolução,
E onde queres bandido eu sou o herói"
Caetano (O quereres)


Ontem eu assistia ao "Reporter Record", um programa de documentários, desta feita sobre os povos da floresta. Lá pelas tantas conta-se a história de uma malfadada viagem de avião sobre a floresta amazônica que terminou no chão antes do tempo, ou seja, o avião caiu. Louva-se, de início, a perícia do piloto, que conseguiu encontrar um local um pouco mais aberto no meio do mar de árvores que é a floresta, evitando a morte certa de todos no aparelho. Depois, entrevistado, o piloto revela que, embora vivos, alguns passageiros e ele próprio ficaram bastante feridos, com sérias hemorragias, o que, certamente, os levaria à morte em pouco tempo.

O segundo herói da história era um dentista. E o repórter ainda falou que era um "Cirurgião Dentista" (êba, falou certo!) que teve presença de espírito e sangue frio suficientes para pegar um kit de costura na bolsa de uma mulher e suturar os ferimentos dos passageiros que, de outra forma, iriam ao encontro do criador. Só tinha uma agulha e um carretel de linha, e o cara saiu "costurando" todo mundo, salvando vidas.

Ah, essas histórias lavam a alma. Infelizmente a canalha jornalista prefere retratar o Cirurgião Dentista como um açougueiro sádico, que vive pelo prazer de causar dor e sofrimento. Quem já sofreu com dor de dente sabe como é de verdade. Você passa a noite sem dormir, pensando seriamente em suicídio e, quando chega ao consultório, a redentora anestesia e as abençoadas mãos enluvadas trazem de volta a esperança.

Pra não dizer que não falei das flores, hoje acordei com alma de poeta.

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