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terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Como o doutor se veste?

"E eu pergunto, com que roupa, com que roupa eu vou
Ao samba que você me convidou?"
Noel Rosa (Com que roupa)


Agora a Associação Médica Britânica (BMA) 'descobriu' que a roupa dos médicos pode causar contaminações, principalmente as gravatas, que "não trazem nenhum benefício para o tratamento dos pacientes e que, como elas são lavadas com pouca freqüência, podem ser um reduto para os microorganismos". Puxa, mas será que os ingleses não lavam a gravata a cada uso? Eu sempre achei que roupa a gente usa uma vez e lava. Não sei se é porque aqui onde eu moro a terra é vermelha, venta muito, suja tudo com muita facilidade...

Por essas e outras eu deixei de usar roupa branca no consultório. Só uso na faculdade e na pós-graduação, onde leciono, por imposição das instituições e porque nós exigimos isso dos alunos também, e eu não acho justo exigir dos alunos uma coisa que nós não fazemos. Então, se eles usam branco com um jaleco de manga comprida em pleno verão de 38 graus, nós também, os professores, vamos derreter sob a indumentária. Mas no consultório eu uso jeans e camisa de manga curta. Troco todos os dias. Sobre essa roupa eu uso o tal jaleco, que também é lavado diariamente.

Usar roupa apropriada é questão de respeito com o paciente. Concordo com os ingleses quando eles dizem que a gravata não traz nenhum benefício para o paciente. Eu acho até que a gravata serve como um diferencial, algo como o médico dizer, subliminarmente, para o paciente que eles têm níveis diferentes na sociedade. "Eu sou um doutor, eu mando e você obedece". Então a gravata é um símbolo da supremacia, atesta a 'doutorite' explícita.

Vou confessar que detesto gravata. Uso só quando é imprescindível, quando não dá pra escapar. Se eu puder, vou de bermuda e camiseta.

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