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terça-feira, 14 de junho de 2005

O nível da Pós-Graduação

Qual a diferença entre cursar especialização, mestrado ou doutorado?

Claro, alám das prerrogativas do mestre, de poder coordenar cursos de especialização (e ganhar um monte de dinheiro com isso), existem características importantes nesses cursos e títulos que nem sempre são respeitadas no nosso país, motivo por que pouca gente sabe, com certeza, quais são as atribuições de cada um deles. Vamos tentar clarear um pouco esse poço escuro:

Especialização: é o primeiro nível da pós-graduação, o primeiro título que você pode receber depois de formado. Existem uns picaretas por aí que colocam depois do nome: pós graduado em entortamento de raiz de canino. Mentira, isso não existe. O cara, provavelmente, fez um cursinho de final de semana, aprendeu pela metade e resolveu que isso era uma grande coisa. Ou ele tem, no mínimo, especialização, ou só tem título de graduação. Por outro lado, esse é o título certo para quem quer trabalhar na clínica, no consultório, atendendo seus clientes. O especialista é o profissional que se aprofundou naquela disciplina, estudou a fundo e sabe exatamente o que fazer para resolver os problemas clínicos que se apresentam. É o "super-dentista"!

Mestrado: É o curso para quem quer ser professor, ainda que eu nunca tenha entendido porque um ser humano poderia ter essa vontade: trabalha-se muito, ganha-se pouco e às vezes encontra-se um ex-aluno na rua, que ganha bem mais do que você... bem, mas o mestrado é para o professor. É por isso que o coordenador dos cursos de especialização em Odontologia têm que ser mestres. Devem ser professores, para isso. O problema é que, com o aumento da oferta de cursos de mestrado e com a aberração dos mestrados profissionalizantes, aumentou muito o número de mestres por aí, e não tem faculdade suficiente para todo mundo, resultado: mestres trabalhando no consultório, lugar de especialista.

Doutorado: O doutor é, antes de tudo, um pesquisador. Os cursos de doutorado, a princípio, devem ser voltados à pesquisa, à orientação e ao desenvolvimento de novas técnicas e materiais. Doutores só deveriam lecionar em pós-graduação, mestrados e doutorados, pesquisar e orientar pesquisas. Novamente os paradoxos do nosso país fazem com que os doutores acabem nas salas de aulas da graduação e da especialização, ou por falta de laboratórios para as pesquisas, por falta de dinheiro, por falta de alunos interessados em fazer iniciação científica, por falta de dinheiro no bolso do doutor, que precisa procurar outra fonte de renda. Infelizmente é a nossa realidade, cabe a nós tentarmos mudá-la.

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